Talvez esse questionamento seja um pouco mais complexo… Primeiro, podemos refletir: O que é felicidade pra você?

Aproveite para pensar se alguma vez você se sentiu triste, e nunca mais essa tristeza foi embora… Ou o contrário, se alguma vez você se sentiu feliz, e nunca mais ficou triste.

Os sentimentos não são imutáveis. E que bom, porque isso torna nossa vida mais plena. Assim como só podemos ter referência do que é frio (e suas intensidades) a partir da referência que temos do calor (e suas intensidades), podemos notar que, sentirmos tristeza, em vários momentos, nos dá a referência também sobre nossas próprias alegrias. E isso é a vida! Esse tempero de sentimentos (alegria, tristeza, medo, melancolia, entusiasmo, etc). Todos os sentimentos são importantes e nos revelam algo sobre nós mesmos, como podemos ilustrar com uma frase de Marshall Rosenberg, fundador da Comunicação Não Violenta: raiva e vergonha, por exemplo, são “expressões trágicas de nossas necessidades não atendidas”.

Então, retomando a pergunta inicial… Meditar não faz com que fiquemos sem sentimentos diante das experiências da vida, entretanto, nos ajuda a desenvolvermos uma forma de lidar com todos os sentimentos, favorecendo o autoconhecimento e, com isso, provavelmente a “sabedoria”.

Mas, neste texto, temos apontamentos mais objetivos à pergunta inicial, e são dados pela ciência: a prática da meditação favorece a diminuição do volume da amígdala cerebral, responsável pelo nosso comportamento de “luta ou fuga” (medo, agressividade e ansiedade, por exemplo); a prática da meditação favorece o equilíbrio hormonal, agindo diretamente no sistema límbico; a prática da meditação promove a regulação emocional; e entre tantos outros benefícios, como o cultivo da autocompaixão/compaixão, podemos concluir que o mindfulness promove a sensação de bem-estar.

Praticar mindfulness é uma escolha, se fizer sentido pra você.  E para atingir os benefícios que a prática proporciona, é importante ter acesso ao conteúdo psicoeducativo, às práticas formais (meditações) e informais (consciência ao momento presente, no cotidiano). Ou seja, mindfulness é um conjunto de conhecimentos práticos e teóricos, que pode ser adquirido através de livros, APPs e, preferencialmente, com um instrutor devidamente capacitado, preferencialmente com formação.

Concluindo: Meditar não resolve nossos problemas e nem é algo mágico. Mas, ao meditarmos, temos a tendência de sentirmos o bem-estar e todos os benefícios apontados tanto pela cultura oriental tradicional, quanto pela ciência ocidental moderna. E se este texto fosse uma estória de contos de fadas, ao invés de terminar com “… e viveram felizes para sempre”, poderia ser “… e continuaram vivendo”. Afinal, todos os sentimentos fazem parte da vida.

E você? Como tem cuidado dos seus sentimentos?

Seja generosa (o) com você mesma (o) e permita-se experienciar. E ótimas práticas!!

Por Ricardo Dimas Gouvêa Chagas
@ricardodimaspsi

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