Um peixinho de beicinho caído.
“Para que lado eu vou , Acari?”
“Ora, não me aborreça, Maria!”
(trecho do texto presente no livro Viagem pelo Brasil em 52 histórias – Silvana Salerno)
Conhecido como “cascudo” ou “bodó”, o Acari é mais conhecido na região Amazônica. Era um peixe que esbanjava beleza e brilhava como prata. Debochava do barro das arraias, da barba dos camarões e da carapaça dos tracajás. Depois de muita reclamação dos seres ao deus Tupã, Acari passou a ser vigiado por um bem-te-vi e sua desobediência seria imediatamente comunicada a Tupã, que também o incumbiu de carregar consigo uma cumbuca que jamais poderia ser aberta. Sua desobediência o transformou em um peixe escuro, de bigodes longos e que vive escondido de vergonha.
Outra versão conta que, uma viajante indecisa quanto ao caminho que tomaria pediu informações aos peixes que a observavam. Imediatamente um dos peixinhos colocou a cabeça pra fora da água e disse: “ora, não me aborreça Maria!”. Surpresa com a má-educação do peixe, Nossa Senhora o castigou dando a ele um beicinho caído igual ao que fez quando respondeu sua pergunta.
(Fontes: “Contos ilustrados” – Débora Regina Gallo e “O mito do bodó” – Paganismo Piaga)
Pindorama é um projeto da @sabiagestao com ilustrações de @renegaertner
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